Sabemos que
nosso país vem passando por uma crise política, social, econômica, cultural e
humana. Como prova temos as notícias na televisão, no jornal ou nos sites.
Quando paramos para observar, vemos que toda essa situação afeta diretamente
nosso estilo de vida, ou seja, nosso comportamento e atitudes. Não estou
falando que deixamos de comprar coisas, se estamos recebendo menos, ou do
aumento abusivos dos produtos e coisas assim, me refiro há mudança de nossas
atitudes, pois passamos a ter iniciativas na busca por uma melhor nação.
Antes de
pensar no ser humano e em suas atitudes, parei para entender qual seria a
definição para a palavra crise. Procurando em dicionários, apostilas e
enciclopédias não achava uma definição relacionada para atual situação econômica
de nosso país. Somente o site ConceitoDe (www.conceiro.de/crise)
trouxe a definição: “Uma mudança brusca ou uma alteração importante no
desenvolvimento de um qualquer evento/acontecimento. (...) As crises sociais,
que transcendem uma pessoa, dão-se por um processo de alterações que ameaça uma
estrutura. (...) Sempre que as alterações sejam profundas e derivam em algo
novo, trata-se, neste caso, de uma revolução”. Sabemos que a crise muda a
política e economia de um país, mas ao mesmo tempo instaura uma aproximação
entre as classes por um mesmo objetivo, quer um crescimento do país.
Essa
transformação do indivíduo, e suas mudanças de hábitos e atitudes, começou com manifestações
pacíficas na rua, uso de camisa com bandeira do Brasil, apoiando à justiça contra
aos escândalos e corrupção, ou seja, aos poucos estamos buscando revolucionar
nosso país. Se encaramos a crise como uma etapa a ser vencida e uma forma de
mudança geral de nosso sistema, teremos que parar com a ilusão de mudarmos
somente o básico, como tirar um presidente e colocar outro no lugar, isto não
adiantaria, pois tudo continuaria igual, ou seja, as leis e regras seriam as
mesas e não altera com a entrada de outra pessoa ao poder. Temos que acabar com
a ideia de que para o capitalismo esse tipo de remédio seria a solução, pois
sabemos que não seria, penso que para o capitalismo “estaríamos apenas trocando
o sujo pelo mal lavado”.
Creio que a
ideia seria uma transformação geral em nosso sistema, para isso cito o comentário
do professor François Houtart, onde afirma que nosso sistema é apensar uma
espécie de fantoche, pois o capitalismo nos faz acreditar na mudança, mas no
final nada está sendo feito para alterar nosso país, pois é mantida a mesma
ideologia no poder. “Alguns,
principalmente preocupados com a crise financeira, propuseram mudar e punir os
responsáveis. Essa é a teoria do capitalismo, que vê elementos positivos na
crise. (...) Atores são alterados, e não se muda o sistema. Evidentemente não é
solução”, comenta Houtart.
Como estamos
falando em mudança no capitalismo, o certo seria começar pelo nosso sistema, ou
seja, saindo de um Estado tradicional para um novo e legítimo. Para o escritor
e idealista Silo (Mario Luis Rodrigues Cobos) “O Estado tradicional tem que
enfrentar essa situação centrífuga em meio a crescentes dificuldades econômicas
que questionam precisamente sua eficácia e legitimidade. (...) Explosões
regionais, étnicas e religiosas; desordem sociais; migração e conflitos bélicos
em áreas restritas parecem ameaçar a suposta instabilidade atual”.
Este novo Estado
exige um indivíduo com ideologias concretas, que busque a verdade, o bem
social, a compreensão e a sabedoria como solução para os problemas. Silo
acredita que as pessoas simples e unidas pelo coletivo seriam a base essencial
de qualquer sociedade, como exemplo podemos destacar as ações que atuam nos
bairros, comunidades que atual em um local específico e que brigam por
melhorias para sua região. “Hoje se começa a valorizar o trabalho humilde e
sentido, mediante o qual não se pretende engrandecer a própria figura, se não
mudar a si mesmo e ajudar a mudar o meio familiar, de trabalho e de relação”,
que concluímos que não havendo atitude e mudanças, nada se altera.
Não será
fácil, mas a união do indivíduo pode acabar com a mesmice e com tantas
injustiças de nossa política e economia, gerar mudanças e avanços. Sabemos que
está não é a primeira crise e nem será a última crise do Brasil, mas se as
pessoas mudarem seus pensamentos e passarem a ter atitudes coletivas, em vez de
individuais, teremos com certeza um novo país e uma prospecção melhor ao nosso
estilo de vida. Temos que continuar com as manifestações pacíficas, sem posição
partidária, para mostrar os ideais e uma nova forma de governo, saindo do
tradicional para conseguimos um novo, modernos e consolidado Estado.