terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Matéria - Bolsa de Valores

Bolsa de Valores. O que é isto?


Por Letícia Richter



Bolsa de Valores é o local onde se compram e vendem títulos e valores mobiliários, é muito importante para o mercado de capitais, pela transparência que oferece aos seus participantes, e às empresas a oportunidade de conseguir recursos para seus investimentos a um custo menor. Mas apesar desta importância, a forma, muitas vezes sensacionalista, que as informações chegam ao público, distorce os fatos, fazendo acreditar que investir em ações é um jogo, ou é somente para milionários.

Para comprar ações temos que fazê-lo através de uma Corretora de Valores – esta funciona como um canal de comunicação entre o investidor e a Bolsa, nas negociações das ações -, sempre há a assessoria de profissionais especializados, o que diminui o risco. Os investidores também podem ter acesso a este mercado através dos fundos de investimentos em ações, com valores de aplicação baixos, mas, é claro que é um mercado de risco, onde pode haver lucro ou prejuízo.

O termo bolsa de valores surgiu em 1141 com a criação da “Bouse de Paris” -, dirigido em mercado livre ou aberto, o famoso “pregão”, é o local físico ou eletrônico onde são realizadas as negociações. No Brasil a primeira a operar foi a Bolsa de Valores do Estado de São Paulo – Bovespa, em 1890. Para a economista, Solange Rodacoski, a finalidade da Bolsa, além de oferecer o espaço apropriado para as negociações, é assegurar a legitimidade destas operações e sua liquidação, ela exerce a defesa dos interesses dos investidores, com rigoroso acompanhamento de todas as transações. “Deve-se comprar os títulos quando estiverem em baixa e vender quando estão em alta”, conclui Solange. O que determina as altas e as baixas do mercado é a lei da demanda e da procura.

Inicialmente as Bolsas de Valores eram entidades oficiais corporativas, vinculadas às secretarias de finanças dos governos estaduais e compostas por corretores nomeados pelo poder público. Após 1964, as bolsas passaram a ser instituições civis, sem fins lucrativos, e administrada pelas sociedades corretoras de valores. O surgimento do Sistema Financeiro Nacional fez desencadear mudanças, onde essas instituições deixaram de ser subordinados do governo. Segundo o superintendente da Bolsa de Valores do Paraná, Amaury Ângelo Stocchero, “quem desejasse continuar participando do mercado financeiro deveria constituir uma sociedade corretora de valores. A partir desse momento, os investidores deveriam adquirir um titulo patrimonial da bolsa de valores, onde desejassem se associar”.

A soma desses títulos patrimoniais é que constitui os patrimônios das Bolsas de Valores. Essas sociedades corretoras compram títulos patrimoniais, e devem depositar 1% da taxa de corretagem, formando um Fundo Garantidor – instrumento que dá credibilidade ao mercado de bolsa -, e que tem por objetivo, cobrir eventuais prejuízos criados a seus clientes ou associados. Além disso, esse fundo é responsável por garantir a liquidação das operações realizadas na Bolsa de Valores.

“Uma empresa para ter suas ações negociadas na Bolsa de Valores, tem que abrir seu capital, ou seja, tem que colocar suas ações a disposição do público. Qualquer pessoa que quiser pode aplicar na Bolsa de Valores”, conclui o superintendente.

A maneira dos investidores minimizarem os riscos nas aplicações em ações é não colocar todos os ovos no mesmo cesto, ou seja, diversificar os investimentos, neste caso, com a assessoria de analistas de mercado, escolher empresas de setores econômicos diferentes, sempre buscando o trinômio (segurança, liquidez e rentabilidade), e , principalmente ter uma visão de longo prazo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário